Os pontos extremos são os seguintes: ao norte, a ponta setentrional
da ilha Grande de Santa Isabel, a 2°44'33 "de latitude sul; ao sul, é o divisor de águas dos rios Paraim e Preto (Piauí/Bahia), a 10°52'35" de latitude sul; ao leste, divisor de águas dos cursos Riachão e riacho Conceição, a 40°25'30 "de longitude oeste de Greenwich; e ao oeste, a curva do rio Parnaíba, entre os afluentes da margem esquerda, rio da Pedra Furada e rio Medonho, a 45°59'30" de longitude W. Gr..
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O Piauí está situado entre o Meio Norte úmido e o Nordeste semi-árido e esse fato estabelece particulares condições geoambientais. Em acréscimo, apresenta variações altimétricas diferenciadas, como as altas chapadas do sul-sudoeste, com altimetria em torno dos 600 metros e que vai descendo à proporção que se aproxima do norte até chegar ao mínimo no litoral. Ao longo desse trajeto tem-se as chapadas tabulares, com vertentes íngremes, vales interplanálticos e superfícies de erosão.
A vegetação predominante no sul--sudoeste é a dos cerrados ou savanas, constituída de elementos de pequeno porte, de tronco tortuoso, revestimento espesso e folhas geralmente duras e ásperas. No trecho central ocorre uma vegetação de transição, em que se misturam elementos dos cerrados e outros sujeitos às imposições climáticas de menores volumes de chuva, associadas à vegetação da caatinga, típica do semi-árido. No sudeste e leste com enclaves no norte, predominam os elementos da vegetação da caatinga, na qual se destacam as leguminosas e as cactáceas, todas em geral providas de espinhos. Na margem do rio Parnaíba, a partir do município de Regeneração e se estendendo até as proximidades de Buriti dos Lopes, desenvolve-se a vegetação decidual mista, onde predomina o babaçu.
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Em função de seu posicionamento entre o Nordeste semi-árido e o Meio-Norte úmido, o Piauí apresenta diferenças climáticas entre algumas regiões: clima quente e úmido no norte, sul e sudoeste, e clima semi-árido no leste, centro-sul e sudeste, segundo esquema climático descrito por Koeppen.
As precipitações pluviométricas sobre o Piauí são de caráter predominantemente convectivo e apresentam grande variabilidade espacial e temporal. São dois os regimes chuvosos: a partir de novembro chove no sul do Estado em decorrência de frentes frias provenientes das latitudes altas do hemisfério sul (Nobre, 1994) que se prolongam até março; no centro e norte, as chuvas têm início em dezembro/janeiro e estão associadas ao deslocamento da Zona de Convergência Irtertropical (ZCIT) sobre o Atlântico Equatorial. Essa estação chuvosa tem o seu clímax no trimestre fevereiro-março-abril.
As temperaturas são elevadas, apresentando media anual de 28° C. A umidade relativa média é de 60%.
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O modelo de desenvolvimento econômico adotado no Piauí, desde o início da colonização, esteve alicerçado, durante muitas décadas, no criatório extensivo de bovinos, portanto explorando a base natural com maior ou menor intensidade. O criatório extensivo é genuinamente degradador dos solos porque resulta em pisoteio e compactação, propiciando o transporte de expressivos volumes de terra pelas chuvas para o leito dos rios. Grande parte dos lençóis de areia depositados nos rios Parnaíba, Canindé e Poti teve origem nessas atividades hoje reforçadas pela agricultura nômade e desprovida de técnicas conservacionistas.
Outras atividades que geraram impactos negativos na base física foram aquelas relacionadas com o garimpo do diamante, em Gilbués, no sul do Estado. Nesse caso, a única preocupação sempre foi a de encontrar diamante, e as conseqüências registradas ainda estão lá e se ampliam com a erosão provocada pelas águas nos solos não consolidados. O processo de desertificação tem ampliado os seus limites em função da ausência de praticas conservacionistas.
Atribui-se à agricultura parcela de responsabilidade na degradação dos solos, pela devastação das matas, especialmente nas margens dos rios, pois a terra nua torna-se totalmente vulnerável à ação das águas de enchentes.
Os rios, por sua vez, em cujas margens erguem-se as cidades, tem suas águas sujeitas a agressões voluntárias ou não. O fato é que a ausência de rede de esgotos urbanos transforma os canais hídricos em coletores de toda a sorte de dejetos gerados nas cidades, verificando-se imediata poluição em variadas gradações.
Esse problema estará sendo parcialmente solucionado em Teresina, de longe o principal centro poluidor das águas dos rios, com a construção de uma extensa malha de esgotamento sanitário de 200 quilômetros de extensão, na zona leste da cidade. Associada a essa rede, esta sendo construída uma lagoa de estabilização, que tratará da água servida e dos dejetos nela contidos, de modo a lançar nos rios água não poluída. Por outro lado, as sedes municipais interioranas com população urbana maior que 15 mil habitantes estarão participando de programa federal, com apoio do Estado, voltado para o melhoramento das condições sanitárias daquelas cidades. A tendência é a de que, em poucos anos, problemas relacionados com esgotamento sanitário e coleta de lixo urbano estejam parcial ou totalmente resolvidos no Piauí.
Em termos gerais, a degradação ambiental no Piauí tem espaço localizado, limites definidos e situação estável. Melhorar essas condições não representara grandes dispêndios de dinheiro e de tempo.
volta ao inicio da páginaOutras atividades que geraram impactos negativos na base física foram aquelas relacionadas com o garimpo do diamante, em Gilbués, no sul do Estado. Nesse caso, a única preocupação sempre foi a de encontrar diamante, e as conseqüências registradas ainda estão lá e se ampliam com a erosão provocada pelas águas nos solos não consolidados. O processo de desertificação tem ampliado os seus limites em função da ausência de praticas conservacionistas.
Atribui-se à agricultura parcela de responsabilidade na degradação dos solos, pela devastação das matas, especialmente nas margens dos rios, pois a terra nua torna-se totalmente vulnerável à ação das águas de enchentes.
Os rios, por sua vez, em cujas margens erguem-se as cidades, tem suas águas sujeitas a agressões voluntárias ou não. O fato é que a ausência de rede de esgotos urbanos transforma os canais hídricos em coletores de toda a sorte de dejetos gerados nas cidades, verificando-se imediata poluição em variadas gradações.
Esse problema estará sendo parcialmente solucionado em Teresina, de longe o principal centro poluidor das águas dos rios, com a construção de uma extensa malha de esgotamento sanitário de 200 quilômetros de extensão, na zona leste da cidade. Associada a essa rede, esta sendo construída uma lagoa de estabilização, que tratará da água servida e dos dejetos nela contidos, de modo a lançar nos rios água não poluída. Por outro lado, as sedes municipais interioranas com população urbana maior que 15 mil habitantes estarão participando de programa federal, com apoio do Estado, voltado para o melhoramento das condições sanitárias daquelas cidades. A tendência é a de que, em poucos anos, problemas relacionados com esgotamento sanitário e coleta de lixo urbano estejam parcial ou totalmente resolvidos no Piauí.
Em termos gerais, a degradação ambiental no Piauí tem espaço localizado, limites definidos e situação estável. Melhorar essas condições não representara grandes dispêndios de dinheiro e de tempo.
• Parque Nacional Serra da Capivara, cuja área abrange parte dos municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Canto do Buriti e Coronel José Dias. Este parque é famoso não somente pelas belezas paisagísticas mas sobretudo pelas inscrições rupestres ali existentes e por ter servido de abrigo aos homens mais antigos das Américas, 45 mil anos atrás.
• Parque Nacional de Sete Cidades. Este parque esta localizado no setor norte do Estado, compreendendo parte dos municípios de Piracuruca e Piripiri. Seu centro de interesse situa-se na área onde esta concentrado um conjunto rochoso em que, ao longo dos anos, as forças da natureza esculpiram as mais estranhas formas que encantam a vista e despertam idéias de mistérios. Diz-se até que por ali estiveram os fenícios, milhares de
anos passados.
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• Estação Ecológica Uruçuí-Una, em Ribeiro Gonçalves e Uruçuí
• Área de Proteção Ambiental Serra das Mangabeiras, no extremo sul do Estado;
• Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba, em Parnaíba;
• Área de Proteção Ambiental da Cachoeira do Urubu, em Esperantina e Batalha.
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- População Residente nos Municípios
A população total do Piauí, de acordo com a contagem oficial do IBGE/1996, é de 2.673.176 habitantes e corresponde a aproximadamente 6% da população do Nordeste e a 1,7% da população residente do Brasil [Anuário Estatístico do Brasil -1995]. Os municípios mais populosos são: Teresina, a capital, com 654.276 habitantes [24% da população do Estado); Parnaíba, com 124.579 habitantes; Picos, com 63.110 habitantes; Piripiri, com 58.675 habitantes e Floriano, com 52.222 habitantes. Estes cinco municípios juntos respondem por 35,6% da população total do Piauí.
O Estado possui hoje 221 municípios, uma boa parte emancipada em 1993, 1994 e 1995.
- Densidade demográfica
Embora em extensão territorial seja o terceiro maior Estado do Nordeste, perdendo em área total apenas para os Estados da Bahia e do Maranhão, o Piauí ainda é pouco populoso. A densidade demográfica do Estado fica em torno de 10,6 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a menor do Nordeste, onde existe uma variação entre 20 e 90 hab/km2. As maiores densidades demográficas estão nas mesorregiões norte e centro-norte, onde se localizam os municípios de Teresina (389,32 hab/ km2 ) e Parnaíba (288,04 hab/km2]. No sudoeste piauiense existem municípios com características de vazio demográfico (menos de 2 hab/km2], como Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena e Uruçuí, com densidades demográficas de, respectivamente, 0,93; 1,50; 1,45 a 1,80 hab/ km2.
- Proporção da população urbana e rural Um pouco mais da metade da população piauiense vive nas zonas urbanas, percentual menor que o do Nordeste (61 %) e do Brasil (75%) de acordo com o Censo Demográfico do IBGE - 1991.
Ocorre no Piauí, como no restante do Pais, um significativo crescimento dos centros urbanos a uma redução da população na zona rural. O deslocamento de migrantes alcança números apreciáveis, principalmente para as sedes municipais mais desenvolvidas, que oferecem maiores atrativos, sobretudo em emprego. São as maiores cidades, como Teresina, Parnaíba, Piripiri, Picos e Floriano, que concentram a maior parte da população na zona urbana. Por outro lado, as pequenas cidades piauienses ainda se destacam por apresentar população predominantemente rural e sedes municipais muito pobres e desprovidas de melhores alternativas ocupacionais
WebMaster - Thiago Mendes
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